terça-feira, 30 de abril de 2013

Mais duas Bandeiras Azuis


Face ao verão passado a época balnear tem início com mais duas praias com Bandeira Azul.

Este ano são 277 praias com bandeira azul, sendo o Algarve a região com mais praias com esta bandeira (69) segundo dados da Associação Bandeira Azul da Europa.

No norte existem 67 praias com Bandeira Azul, no centro 27, na região Oeste e Vale do Tejo 49, o Alentejo com 25, o Algarve com 69, os Açores com 27 e a Madeira com 13.

Para além das praias ainda há 14 marinas com Bandeira Azul.

Cátia Martins

"Mamã Graça- Defensora das mulheres e crianças"



Da sua residência de estudante na Alameda das Linhas de Torres, no bairro lisboeta do Lumiar, à Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, passando pelos campos de guerrilha da Frelimo, na Tanzânia, pela euforia da independência do seu país, quando tinha apenas 28 anos, e pelo governo que integrou a seguir, à cerimónia de Doutoramento Honoris Causa na Universidade de Évora, desenha-se o percurso de uma das mais notáveis mulheres africanas: Graça Machel ou “mamã Graça”, como carinhosamente gostam de a tratar os jovens moçambicanos. Para eles, é um símbolo que ultrapassa as próprias divisões partidárias e ideológicas do país.

Graça Machel é uma defensora, de renome internacional, dos direitos das mulheres e das crianças, e tem sido uma activista política e social ao longo de décadas.
Podemos vê-la a discursar para o The Economist, para o World Economic Forum,  encontros que contam com a presença de personalidades como Bob Geldof , Tony Blair ou Kofi Annan.
Mulher conhecedora da realidade,  afirmando que nem sempre a solução para um país é a solução ideal para outro, mas sempre disposta a contribuir para o encontro da solução adequada para ultrapassar os desafios.

Promotora do investimento na educação, fomenta a importância de aumentar as competências de gestão e talentos nos jovens.
Como fazer melhor, como fazer diferente, abordagem constante de Graça Machel afirmando que mesmo em tempos de crise é tempo de criar oportunidades, identificando em África e no resto do Mundo formas para redefinir a nova economia mundial e olhando para África como parte da solução .
Tem a visão de uma África líder, identificando as suas qualidades e considerando-a parte integrante da solução, “Não somos um continente pobre. Somos um continente empobrecido”, afirma. É necessário mais investimento na economia real de África, principalmente de infra-estrutura, energia renovável, agricultura e comunicação.

Ao longo de sua carreira, foi internacionalmente reconhecida. Em 1992,  foi premiada com o Nobel de África para a Liderança Sustentável para o Fim da Fome pelo Projecto Fome. Em 1995, recebeu a Medalha Nansen em reconhecimento da sua contribuição para o bem-estar das crianças refugiadas, também foi galardoada com o Inter Press Achievement Award do Serviço Internacional por ajudar as crianças em todo o mundo. Actualmente é presidente da Fundação para a Comunidade para o Desenvolvimento e Presidente da Organização Nacional de Crianças de Moçambique.
Foi presidente da Comissão Nacional da UNESCO em Moçambique e delegada para a conferência da UNICEF em Harare, Zimbabwe, em 1988. Em 1990, a Sra. Machel participou no comité director internacional da Conferência Mundial sobre Educação para Todos. Em 1994, foi nomeada perita para presidir o Estudo sobre o Impacto dos Conflitos Armados sobre as Crianças. Foi eleita pela revista "Time" uma das 100 figuras mais influentes do mundo em 2010.

A passagem pelo Ministério da Educação do Governo de Moçambique ficou marcada por um enorme incremento nesse sector e muito particularmente no acesso das mulheres à instrução. O número de estudantes nas escolas aumentou em 80 por cento, dos quais cerca de 45 por cento do sexo feminino, resultado do trabalho desenvolvido por Graça Machel, principalmente em zonas rurais, consciencializando os pais para a importância da educação das suas filhas e combatendo hábitos culturais enraizados.
Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), uma organização sem fins lucrativos moçambicana fundada em 1994. A FDC faz doações para organizações da sociedade civil para fortalecer as comunidades, facilitar a justiça económica e social, e ajudar na reconstrução e desenvolvimento do pós-guerra em Moçambique.

Ligada pelo casamento e, de certo modo por circunstâncias históricas, a dois dos mais notáveis líderes africanos, Graça Machel é a viúva do primeiro presidente de Moçambique ‘Samora Machel’. É  casada com o ex-presidente da República da África do Sul, Nelson Mandela. O jornalista Gary Younge, apelidou a união como ‘o pai da nação e a viúva da revolução’. Junto com Mandela, ela é um membro fundador dos Anciãos - um grupo independente de líderes globais – que pensam o Mundo, a humanidade, e questionam as verdades instituídas de forma ousada. Deste grupo fazem parte personalidades como Kofi Annan, Fernando H Cardoso, Jimmy Carter, Gro Harlem Brundtland, Mary Robinson, Desmond Tutu.

A psicóloga portuguesa Maria Belo, quem melhor definiu o perfil de Graça Machel ao sublinhar que “estes dois homens iluminam-na, mas não a ofuscam porque ela tem luz própria”.

 Haileka Ferreira

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Polícia Brasileira entra em mais um favela


No âmbito da política de pacificação iniciada em 2008, a polícia do Rio de Janeiro ocupou a comunidade de Cerro-Corá. A comunidade perto da subida para o Cristo Redentor foi efectuada por volta das 5 da manhã locais (7 da manhã em Lisboa) e teve a duração de 30 minutos (aproximadamente). Contou com a presença de 400 polícias que foram auxiliados por várias viaturas blindadas e um helicóptero.
Esta comunidade está localizada na zona sul, região nobre do Rio de Janeiro, que por sua vez está próxima da subida para o Cristo Redentor que provavelmente será visitado pelo papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude, a realizar em Julho do presente ano.

João Ribeiro

Mostra Cultural Angolana


Devido às comemorações do 11º aniversário da Paz em Angola, realizou-se nos dias 27 e 28 de Abril na " Casa de Angola", uma apresentação de uma vasta e variadíssima cultura Angolana.
Esta evento foi marcado também pela presença de Isabel Ferreira, ilustre artista que tem singrado nas áreas da escrita e da música. Na escrita estreiou-se em 2005 com a publicação do seu primeiro conto, cujo o título é "Fernando D´aqui". Por sua vez na música, estreou-se em 2000, com a edição do disco "Sons d´Alma". Já foi convidada inúmeras vezes para conferenciar sobre literatura angolana nas mais distintas universidades em territórios Brasileiros e também no Canadá, México e Chile.
O evento ficou marcado também pela atuação dos músicos Angolanos residentes em Portugal e ainda com a célebre fadista portuguesa, Marisa.
Podemos então concluir, com base na adesão ao evento que o objetivo de criar uma maior interação entre várias gerações de artistas e vários targets de público foi conseguido e o espiríto de convívio foi um dos elementos mais predominantes neste evento.
 
Adriano Ferreira

Pirataria Marítima em São-Tomé


São Tomé e Príncipe, localizado no Golfo da Guiné, tem como principais ameaças à sua segurança, a pirataria marítima e outras operações ilegais que ocorrem na região. Na abertura da décima quinta reunião dos Chefes de Estado Maior das Forças Armadas da CPLP, decorrida em São Tomé, o Primeiro-Ministro Gabriel Costa, solicitou a solidariedade dos restantes países da CPLP, no sentido de ajudar o arquipélago São-tomense a lidar com este flagelo crescente que é a Pirataria marítima.
A realização do exercício militar conjunto, em Setembro próximo, no Brasil, é também uma das decisões desta  reunião dos Chefes de Estado Maior das Forças Armadas da CPLP. Uma operação militar com projeção de tropas no terreno, que visa preparar as forças armadas da Comunidade, para missões de Paz e de ajuda humanitária.

 O balanço de dois dias de trabalho na capital São-tomense, conclui que as ameaças que pairam sobre a segurança de cada um dos 8 países membros da CPLP, merecem análise profunda.

Tânia Costa

Foco em: S. Tomé e Príncipe




            Este país, é oficialmente conhecido por República Democrática de São Tomé e Príncipe. Carateriza-se como sendo um estado insular situado no Golfo da Guiné, composto por duas ilhas principais (Il2, com cerca de 160 mil habitantes. Este estado, não tem fronteiras terrestres, mas situa-se relativamente próximo das costas do Gabão, Guiné Equatorial, Nigéria e Camarões.
ha de S. Tomé e Ilha do Príncipe) e várias ilhotas, tendo um total de 1001 km
Emergiu das profundezas do mar, devido à atividade vulcânica, consequente da divergência das placas tectónicas africana e americana. As ilhas de S. Tomé e Príncipe, devem a sua formação ao prolongamento da cordilheira continental dos Camarões, formando assim um alinhamento de mais de 2000 km de extensão que parte dos vulcões dos Camarões e se alonga pelo mar.
Este conjunto de ilhas foi designado, por muito tempo, como arquipélago da Guiné, por se alojar no golfo homónimo. Durante vários séculos, as ilhas estiveram desabitadas, apesar de a sua atividade vulcânica já estar extinta. O descobrimento das ilhas é atribuído a João de Santarém e Pêro Escobar, que foram igualmente incumbidos de continuar a exploração da costa ocidental de África em 1470, durante o reinado de D. Afonso V. Acredita-se que teriam atracado na costa norte de São Tomé a 21 de Dezembro e tocado na ilha de Santo Antão, que mais tarde foi batizada de Príncipe. Julga-se que as ilhas eram então desabitadas, logo os primeiros colonos foram portugueses. Depois dos colonos, foi a vez de chegarem os escravos, sobretudo vindos de Angola, Moçambique e Cabo Verde, com a finalidade de serem utilizados nas potencialidades de exploração que as ilhas poderiam oferecer.
Passado duas ou três gerações, deu-se uma miscigenação racial que originou os descendentes do cruzamento de sangue português com africano e que rapidamente passou a deter o controlo económico da exploração do território.
No entanto, com a crescente importância que o Brasil ia adotando, a produção de açúcar passou para a colónia sul-americana, fazendo com que São Tomé passa-se por uma fase de despovoamento. No século XIX, com o início do cultivo do cacau e do café, esta situação inverteu-se tornando S. Tomé e Príncipe o maior exportador de cacau do mundo. Em apenas treze anos, a produção subiu de 14 mil para 36 mil toneladas. Foi a época em que muitas famílias portuguesas se instalaram nos trópicos.
Em termos administrativos São Tomé nunca assumiu a mesma importância para a coroa portuguesa que as outras colónias possuíam. Para Portugal, São Tomé parecia muito distante e desconhecido, e só se tinha notícias quando o respetivo governador comunica por cartas, ou se deslocava a Lisboa.
Apesar deste aparente estado de calma, o certo é que as tensões sociais iam crescendo, uma vez que os trabalhadores africanos, mesmo não sendo considerados escravos, o eram na realidade. Lentamente, a revolta foi-se registando, e acabaram por contribuir para a formação de um sentimento nacionalista e independentista.
Na década de sessenta do século XX, tudo se tornou mais convicto com a criação do CLSTP (Comité de Libertação de São Tomé e Príncipe) e, em 1974, do MLSTP (Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe). A revolução de 25 de Abril de 1974 só precipitou os acontecimentos, que levou à saída em massa dos colonos portugueses e o consequente pedido de independência.
Um ano depois, a 12 de Julho de 1975, o mapa político do mundo passou a incluir uma nova nação – a República Democrática de São Tomé e Príncipe.
No entanto, na fase seguinte à independência e respectiva descolonização, assistiu-se a uma descida dramática da produção, especialmente a partir do momento em que algumas plantações foram nacionalizadas. Previa-se tempos difíceis se não se invertesse o rumo, pelo que, no final dos anos 80, e com o devido apoio do FMI e do Banco Mundial, aliado ao perdão da dívida externa, tomaram-se algumas medidas de saneamento que passavam pela desvalorização da moeda, a contenção de endividamento público e, sobretudo, pela reprivatização das plantações.
Após a independência, o MLSTP é quem toma o poder, designando Manuel Pinto da Costa como primeiro presidente da república. Em 1991, sucede-lhe Miguel Trovoada, que é reeleito cinco anos depois, onde posteriormente Fradique de Meneses, toma conta dos destinos da nação deste 2001. Nas eleições de 2011 foi eleito Manuel Pinto da Costa que volta à presidência passados 20 anos. 
Nos últimos anos tem-se verificado algum desenvolvimento embora a um ritmo bastante lento: a produção de cacau tem vindo a subir, voltando a ser o produto de maior exportação, algumas plantações começam a recuperar o fôlego de outros tempos e incentiva-se o cultivo de produtos como óleo de coco, mandioca e café.
Apesar de o turismo ter aberto novas portas em termos de emprego, os serviços comerciais e administrativos ocupam ainda uma minoria da população. A indústria é praticamente inexistente ou de muito pouca expressão. Em termos numéricos, os principais países de origem das importações são Portugal com 51%, a França com 14%, Angola com 11% e o Japão com 10%. Prevê-se que a economia registe um crescimento de 6,0%, suportado pelo investimento direto estrangeiro na prospecção de petróleo, e também pela construção de um novo porto de águas profundas. Porém, as expectativas de longo prazo permanecem altamente dependentes das perspectivas, ainda incertas, do potencial de exploração petrolífera, cuja produção não é esperada antes de 2016.

  

Joana Silva

domingo, 28 de abril de 2013

Salgueiro Maia - PERFIL


Mais um ano. Mais um 25 de Abril. Neste ano de 2013, os Portugueses saíram à rua em modo nostálgico. É graças a alguém, que hoje vivemos a Liberdade! O seu nome foi gritado. O seu percurso e das forças armadas foi refeito. Cada cidadão, cada cravo. Símbolo da Revolução, que nos trouxe a Liberdade até aos dias de hoje. Homem que agiu em nome de toda a nação. Inteligência e coragem. Conceitos que o caracterizam na perfeição.

 Fernando José Salgueiro Maia, nasce a 1 de Julho de 1944, em Castelo de Vide. Recordado como corajoso, activo e destemido, este jovem Alentejano era filho de um trabalhador nos caminhos-de-ferro, Francisco da Luz Maia, e de Francisca Silvéria Salgueiro. Inicia os seus estudos na Escola Primária de São Torcato, em Coruche. Mais tarde, conclui o ensino secundário no Liceu Nacional de Leiria, que actualmente é conhecido por Escola Secundária de Francisco Rodrigues Lobo. É aos vinte anos que decide ingressar na Academia Militar de Lisboa. Meses seguintes, torna-se Comandante de instrução, em Santarém e acaba por integrar uma companhia de comandos no decorrer da Guerra Colonial. Chegado o ano de 1973, enquanto Delegado de Cavalaria, integra a Comissão Coordenadora do Movimento das Forças Armadas. Este movimento faria realçar-se brevemente e da melhor forma. Chega o tão aguardado momento por todos os Portugueses. No dia 25 de Abril de 1974, Salgueiro Maia comanda as forças revolucionárias, desde Santarém a Lisboa, que cercaram os ministérios do Terreiro do Paço, com o objectivo de forçar a rendição de Marcelo Caetano. Este acaba por ceder o seu cargo a António de Spínola. No ano seguinte, a 25 de Novembro, Maia é transferido para os Açores, voltando a Santarém apenas em 1979, onde comanda o Presídio Militar. Como qualquer militar, a ambição de subir de posto é está sempre presente. Mais não foge à regra. Em 1981, é promovido a Major, e, logo pouco tempo depois, Tenente-Major. Os reconhecimentos a este Homem, começam a tomar um forte rumo. Dois anos depois, recebe uma distinção da Grã-Cruz da Ordem da Liberdade. A saúde do militar começa a dar sinais menos positivos. A 1989, é-lhe diagnosticado um cancro, que acaba por provocar a sua morte. Luta contra a doença, mas nem sempre tudo depende de nós mesmos. Acaba por falecer a 4 de Abril de 1992, aos 47 anos de idade, no Hospital Militar de Belém, na nossa cidade alfacinha. Mesmo depois da sua morte, dois meses depois, é galardoado com o título de Grande-Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito. Recentemente, em 2007, ganha a medalha de ouro de Santarém.
  "Quem quiser, que venha comigo!" A frase mais mediática de Salgueiro Maia. É considerado o maior e melhor exemplo de coragem da Revolução dos Cravos. Homem destemido, inteligente. Deu a Portugal, aquilo que há muito se desejara. Irá sempre ser recordado como o “Capitão sem medo”!




Cláudia Évora e Sofia Conde

A criatividade à moda angolana: Trotinetes de madeira


A criação de trotinetes de madeira em Angola é bastante frequente, e é visível em todas as cidades dos pais, são criadas por rapazes chamados “meninos de rua”, muitos deles órfãos, é uma das formas que os meninos encontram de se divertir, pois a maioria vive em pobreza extrema. Estes pequenos veículos são feitos de madeiras e paus que, por vezes são recolhidos no lixo.

A maioria do tempo, os meninos organiza-se, em pequenos grupos, para poderem realizar um pequeno campeonato amador, com as trotinetes de madeira que eles mesmos constroem.


Embora considerado ainda um desporto amador, pois não esta ainda oficializado, é uma pratica considerada, como desportos radicais, pois envolves riscos como qualquer desporto radical.

Para muitos é simples mente uma brincadeira de infância que muitas das vezes, não passa, desta fase. Mais para outros é o princípio de um sonho, de um dia poder ter uma máquina deste género seriamente, para poderem competir com alguma seriedade.

Naturalmente que estes rapazes, com a idade que tem, precisam de ter algumas vivências, que nesta face é importante, como brincar. A prática desta atividade é uma das formas encontrada para a não-violência, e a reinserção na sociedade como muitos afirmam.

É curioso verificar que apesar da tecnologia se encontrar a uma velocidade “incompreensível”, nos tempos de hoje, esses rapazes continuam a viver de uma forma “primitiva”, ao ponto de criarem trotinetes de madeira, sem quaisquer condições.

 Estes pequenos tornam-se grandes, pois sem condições nenhumas conseguem ter tempo e ideias para criar veículos, que servem como meios de transportes, mas que por outro lado, serve também para a prática de desporto se é que podemos chamar desportos radicais.

Filipe Martins