Esta acusação do PRS surgiu numa nota de imprensa, com a data de 30 de Maio, assinada, justamente, pelo Presidente do partido, Alberto Mbunhé Nambeia.
Esta atitude do PRS deve-se à carta dirigida pelo Primeiro-ministro de transição, Rui Duarte Barros, à Direção Superior do partido. Esta tinha o pressuposto de obter uma reação sobre as pastas ministeriais atribuídas ao PRS, no quadro da projetada remodelação governamental em curso.
No comunicado feito pelo PRS afirmava o seguinte, “A Comissão Executiva, além de discordar totalmente da proposta do Primeiro-ministro, lembra que a metodologia de repartição contida na proposta, agora apresentada, não tem minimamente em conta o Memorando de Entendimento assinado entre o PRS e o PAIGC, na presença da Comunidade Internacional, que não só o apoiou como ainda se congratulou com a referida iniciativa”.
O partido comunicou ainda que não poupará esforços no sentido de tornar exequível o retorno à regularidade constitucional, fazendo um apelo à Comunidade Internacional para se manter atenta às manobras, catalogadas como “obscuras que manifestamente não estão a velar pelos superiores interesses da nação guineense nesta remodelação governamental”.
A Comissão Executiva do PRS, relativamente aos deputados da bancada do PRS e do PAIGC, reafirmou a cooperação à postura responsável de ambos os grupos parlamentares, na adoção de importantes instrumentos jurídicos de transição, designadamente o Pacto de Transição, o Roteiro de Transição e o Acordo de Princípios, comprovando, deste modo, a sua maturidade política ao prezar o acordo obtido nos encontros já realizados.
O PRS estimulou as entidades responsáveis pela transição a continuarem a negociar com o PRS e o PAIGC, os signatários do memorando de entendimento, com o propósito de se conseguir uma solução digna na constituição de um Governo remodelado de inclusão e de base alargada.
Para concluir, a Comissão Executiva do partido afirmou, mais uma vez, a sua inteira convicção no prosseguimento da salvaguarda dos legítimos interesses da nação guineense.
De referir ainda que, recentemente, as duas formações políticas assinaram, em Bissau, um memorando de unanimidade sobre a formação de um novo Governo de inclusão. No entanto, o modelo de distribuição das pastas não foi observado pelo Chefe do Governo de transição, que, na passada semana, tinha proposto novas formas de distribuição das pastas ministeriais, medida esta que não foi bem aceite pelo PRS e pelo PAIGC.
Fonte: Jornal Digital – Notícias em tempo real, 3 de Junho de 2013 16:13h
Cláudia Évora
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