José
Eduardo dos Santos, presidente de Angola, dispensou a comissaria-chefe
Elizabeth Ranque Franque, que pertencia à Polícia Nacional de Luanda.
A
demissão ocorreu esta segunda-feira, depois de um fim-de-semana violento em
Luanda que acabou em cinco mortes e a que o principal partido da oposição, a
UNITA (União Nacional para a Independência Total), atribuiu contornos políticos.
Três agentes foram
assassinados, na madrugada de sábado, no município de Cacuaco, Luanda. Ainda não
se sabe quem foi o responsável pelo crime. A UNITA culpou a polícia de ter
morto dois dos seus dirigentes em Kikolo, Luanda, na noite de sábado.
A UNITA colocou um texto no seu sítio da internet onde atribuiu
a um militante de Cacuaco a afirmação de que se estava perante uma “reedição da
caça ao homem” para a “eliminação seletiva dos militantes” do partido. Também
atribuiu a um “observador desconhecido” a declaração de que a mortes dos polícias
poderia “ser usada como pretexto para a eliminação dos quadros fortes da
UNITA", em Luanda.
Elizabeth Ranque Franque também era delegada provincial
do Ministério do Interior. A sua exoneração vai obrigar a alguns arranjos nas
estruturas da chefia da Polícia Nacional. A antiga comissaria passa a ser
conselheira do comandante geral da Polícia Nacional, Ambrósio de Lemos.
O comissario António Maria Sita é o novo comandante
provincial de Luanda, que foi dispensado do cargo de comandante provincial e
delegado do Ministério do Interior na província do Cunene.
Inês Sabino
Sem comentários:
Enviar um comentário