segunda-feira, 18 de março de 2013

Foco em Macau -Las Vegas do Oriente




            Desde o dia 20 de Dezembro de 1988, Macau tornou-se numa das regiões administrativas especiais da República Popular da China, antes dessa data, Macau foi colonizada e administrada por Portugal, durante mais de 400 anos, e é mesmo considerada o primeiro empório, como também a última colónia europeia da China.
            A colonização de Macau teve início nos meados do século XVI, com a ocupação de navegadores portugueses, que rapidamente trouxeram florescimento a este pequeno território, tornando-o posteriormente numa grande cidade e num importante entreposto comercial entre a China e a Europa. É importante referir que Macau faz parte da Organização Mundial do Comércio (organização internacional que está encarregue da regras do comércio internacional).
            Atualmente a RAEM (Região Administrativa Especial de Macau) da República Popular da China, é uma pequena economia de mercado, que no entanto é extramente aberta e liberal, através da livre circulação de capitais. A sua moeda oficial é a pataca, encontrando-se indexada ao dólar de Hong Kong.
            A Economia de Macau é na sua grande parte baseada no jogo e no turismo, por isso a sua denominação de Las Vegas do Oriente. Estas duas actividades económicas contribuíram para o seu crescimento económico. No entanto há outras actividades que também são fundamentais: a indústria têxtil, produção de fogo-de-artifício, brinquedos, produtos eletrónicos, flores artificiais, transações bancárias e a construção civil.
            O crescimento económico de Macau, originou também uma subida alucinante dos preços dos imobiliários, principalmente para fins habitacionais, terminando assim com os principais monopólios das cidades – sector do Jogo e das Telecomunicações.
            Últimos estudos realizados indicam que o sector mais importante da economia deste território – sector terciário (comércio, serviços, jogos, turismo), contribuiu em 92,7 do PIB (Produto Interno Bruto) de Macau, enquanto o sector secundário (indústria) contribuiu 7,2% e o sector primário (agricultura, pesca) contribuiu apenas 0,1%.
            Em apenas 3 anos (entre 2004 e 2007) o PIB de Macau, ascendeu em cerca de 9 mil milhões de dólares americanos. No entanto, segundo um economista de Macau, os valores oficiais desta inflação, não refletiam a nova realidade local, passando a defender a necessidade de alterar o actual modelo de cálculo de forma que sejam mais precisas e reais estas contas.
            O Governo da Região Especial Administrativa de Macau, colocou muito trabalho e recursos para conseguir desenvolver o Turismo e o Jogo da fortuna e azar, criando incentivos de investimento estrangeiro e local nestes sectores económicos. Através de incentivos direcionados para a construção de novas facilidades turísticas: como hotéis, reparação e promoção de monumentos históricos, consegui liberalizar uma parte parcial do sector do Jogo, tendo autorizado a entrada de vários operadores. O Governo da RAEM liberalizou este setor uma vez que tinha como objetivo o aumenta da competitividade, qualidade e investimento estrangeiro.
            A abertura de diversas concessionárias e subconcessionárias levou, no entanto, a serem obrigadas a pagar ao Governo um imposto especial sobre o Jogo, que incide sobre as receitas brutas geradas pela exploração do Jogo, estando a sua taxa fixada nos 35%. Este imposto constitui a mais importante fonte de rendimento para o Governo da RAEM. Além deste imposto, têm também que contribui com uma quantia anual não superior a 3% das suas receitas brutas para o desenvolvimento urbanístico, promoção turística e segurança social.
            Devido ao acelerado crescimento deste sector, no ano de 2005, as receitas do jogo equivaleram pela primeira vez as de Las Vegas (cada um em cerca de 5,6 mil milhões de dólares americanos), tornando Macau no principal centro mundial da indústria dos jogos de casino.

Joana Silva 




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