Até esta sexta-feira, 20 cidades no interior do estado amazónico tinham decretado situação de emergência devido à situação crítica, com pontes e estradas submersas ou destruídas, casas e comércios alagados e, em vários casos, isolamento total. Como em grande parte da Amazónia o transporte de pessoas e mercadorias é feito por rios, quando estes ultrapassam os seus limites naturais as viagens ficam impossíveis devido à violência das águas.
De acordo com os dados divulgados pela Protecção Civil brasileira, a tendência é que a situação se agrave nas próximas horas, pois o volume de água dos grandes rios da região continua a subir.
A situação mais grave é vivida nas cidades localizadas nas margens do rio Solimões, que, ao juntar-se depois com o Rio Negro forma o famoso Rio Amazonas. Ao longo do caudaloso Solimões, mais de 22 mil famílias estão desalojadas, precisando de apoio das autoridades locais e do governo central para sobreviverem.
A Protecção Civil já enviou para as regiões mais afetadas kits de emergência com alimentos básicos, produtos de higiene e medicamentos, mas nem todas as localidades atingidas foram beneficiadas, já que é impossível chegar a algumas, nem mesmo por via áerea.
Duas das cidades atingidas, Benjamin Constant e Tabatinga, bem distantes da capital do estado, Manaus, estão a improvisar pontes e até ruas com grandes pedaços de madeira colocados acima do nível da cheia na tentativa de ajudarem a população a movimentar-se, ao mesmo tempo que ampliam áreas de abrigo e a distribuição de alimentos.
João Ribeiro
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