Agora,
quando os funcionários são transferidos de um sector do Aparelho do Estado para
outro, passam a receber um subsídio de adaptação. Este aplica-se somente aos primeiros
três meses de serviço no seu novo posto de trabalho. O seu objetivo é fazer com que estes funcionários tenham as condições necessárias para se adaptarem à nova
realidade.
António Tchamo, diretor nacional de Gestão de Recursos
Humanos do Estado, declara que esta medida se enquadra na filosofia de
mobilidade dos funcionários, mas visando o interesse de garantir que estes compreendam
a dinâmica Política Salarial e de Remunerações aprovada no ano de 2009.
O jornal “Noticias” diz que, um dos objetivos desta política
de Tchamo é a urgência de retenção da mão-de-obra na Função Pública e a sua
redistribuição pelas diferentes unidades em caso de necessidade. No entanto,
serve também de estímulo para aqueles que trabalham nos distritos e duma forma
de atração para que outros funcionários aceitem trabalhar nesses lugares.
Ligada a esta última ideia, António Tchamo disse ainda que o
subsídio de localização vai continuar a ser pago aos funcionários que já
trabalham nos distritos de modo a incentivá-los a permanecer.
Para além destas, existe ainda outra estratégia adotada pelo
Estado para cativar os funcionários a trabalhar nos distritos. Esta é a
aquisição de verbas para a construção de habitação, tendo em conta que esta é
uma preocupação comum para muitos funcionários destes locais.
“Hoje existem muitos funcionários nos distritos. Temos
médicos, temos Magistrados, Professores, Enfermeiros que se movimentaram das
suas zonas de origem. É preciso garantir habitação para estes funcionários como
forma de lhes estimular a permanecer e até interessar outros quadros que se
formam e que podem não ver com bons olhos a ideia de ir ao distrito por falta
desses incentivos que julgamos essenciais”, disse Tchamo.
Ainda em relação à filosofia de harmonização salarial na Função
Pública recentemente adotada pelo Governo, Tchamo explicou que a partir de Maio
adiante, começa a prática de desmantelamento de alguns subsídios especiais que
vinham sendo conferidos a funcionários de algumas unidades do Aparelho do
Estado, uma prática que deverá avançar gradualmente até que esses subsídios sejam
totalmente abolidos.
Fonte: Rádio Moçambique (RM)
Cláudia Évora
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