O presidente da TAP, Fernando Pinto, afirmou esta
semana, que German Efromovich "continua
interessado" na compra da companhia aérea e disse que ele próprio já ouviu
essa manifestação de interesse da parte do empresário brasileiro-colombiano.
O Governo português recusou, em Dezembro, a
proposta de compra do grupo Synergy para a TAP, o único concorrente à
privatização da companhia aérea nacional. A privatização da TAP só deverá avançar depois de a companhia portuguesa vender a TAP Manutenção &
Engenharia Brasil.
Para entender melhor a motivação do empresário do
ramo de petróleo em avançar para a aviação, é preciso conhecer a sua história.
Essa história começa na Polónia, na véspera da II
Guerra Mundial, quando a família, incluindo o pai, fugiu para a Rússia - onde
conheceu a futura mulher. Depois, emigrou para a Bolívia, onde Efromovich nasceu,
em 1948. Depois de uma passagem pelo Chile, a família instalou-se em São
Paulo. Durante o seu percurso, vendeu enciclopédias e fundos de
investimentos e, graças ao domínio da língua espanhola, fez dobragens em
diversos filmes.
Na Colômbia é conhecido como o empresário que, em
2004, salvou a Avianca Taca, da falência, graças à compra pela Ocean Air, uma
pequena companhia que fundara em 1998 (hoje Avianca Brasil). Desde 2005 que é
cidadão honorário deste país.
Efromovich é
um excelente observador de oportunidades em ambientes económicos adversos. O que
move parece ser um senso de oportunidade associado ao gosto pelo risco. A marca
registada de Efromovich é incorporar e reestruturar companhias em dificuldade.
A sua holding, o Synergy Group, reúne interesses
em negócios que vão desde a aviação, ao petróleo, da construção naval à saúde,
turismo e agricultura, está avaliado em cerca de 5 mil milhões de dólares e emprega
cerca de 30 mil pessoas.
Haileka Ferreira
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