A
imigração clandestina é um fenómeno que tem vindo a aumentar em larga escala ao
longo dos anos. Todos os anos, embarcações oriundas maioritariamente de África
são detidas quando tentam entrar em terras lusas.
Sendo
uma imigração em crescimento, rende milhões, e se antes as pessoas vinham
sozinhas ou em pouco número, nos dias de hoje o número de pessoas por barco é
elevado. As redes que ajudam a este tipo de imigração cobram entre ao 300 e
1500 pelo transporte.
No
entanto, as pessoas que desejam vir para Portugal e o fazem desse modo não têm
todo esse dinheiro e a maior parte das vezes hipotecam as próprias famílias,
mas não da melhor maneira. Depois de chegarem ao seu destino, arranjam um
acordo com quem lhes arranja o transporte e todos os meses mandam uma quantia
de dinheiro, caso contrário os seus familiares serão mortos.
As
embarcações são geralmente pequenos barcos de pesca, usados em África. Ao
chegarem ao ponto de desembarque, a saída é simples, uma vez que existe pouca
ou nenhuma fiscalização. No entanto estas viagens nem sempre correm como o
previsto. As embarcações são pequenas e levam mais pessoas que a capacidade que
tem, para além disso, os imigrantes não tem qualquer seguro ou as mínimas
condições nestas viagens. Comem aquilo que trouxerem consigo e chegam a passar
dias no mar sem comer e sem beber, atolados uns nos outros.
Se
porventura chegarem a porto e serem detidos, ou até mesmo serem detidos em alto
mar, serão enviados de volta ao seu país mas não lhes é devolvido o dinheiro
gasto.
Mas o
que leva estas pessoas a imigrarem nestas condições sem ter a menor garantia
que irão chegar ao destino?
É comum
neste tipo de imigrantes o desespero. Fazem tudo, e pagam com o dinheiro que
não têm, para irem para um país com um único propósito: levar dinheiro para
casa.
Mas este
objectivo muitas vezes não é cumprido. Quando chegam a Portugal, estes
imigrantes são altamente escravizados, e desaparecem deixando de dar noticias à
família. Uma vez que entraram clandestinamente no país as autoridades pouco ou
nada podem fazer, pois não têm qualquer tipo de informação.
Cátia Martins
Cátia Martins
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