
Sendo
uma imigração em crescimento, rende milhões, e se antes as pessoas vinham
sozinhas ou em pouco número, nos dias de hoje o número de pessoas por barco é
elevado. As redes que ajudam a este tipo de imigração cobram entre ao 300 e
1500 pelo transporte.
No
entanto, as pessoas que desejam vir para Portugal e o fazem desse modo não têm
todo esse dinheiro e a maior parte das vezes hipotecam as próprias famílias,
mas não da melhor maneira. Depois de chegarem ao seu destino, arranjam um
acordo com quem lhes arranja o transporte e todos os meses mandam uma quantia
de dinheiro, caso contrário os seus familiares serão mortos.

Se
porventura chegarem a porto e serem detidos, ou até mesmo serem detidos em alto
mar, serão enviados de volta ao seu país mas não lhes é devolvido o dinheiro
gasto.
Mas o
que leva estas pessoas a imigrarem nestas condições sem ter a menor garantia
que irão chegar ao destino?
É comum
neste tipo de imigrantes o desespero. Fazem tudo, e pagam com o dinheiro que
não têm, para irem para um país com um único propósito: levar dinheiro para
casa.
Mas este
objectivo muitas vezes não é cumprido. Quando chegam a Portugal, estes
imigrantes são altamente escravizados, e desaparecem deixando de dar noticias à
família. Uma vez que entraram clandestinamente no país as autoridades pouco ou
nada podem fazer, pois não têm qualquer tipo de informação.
Cátia Martins
Cátia Martins
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