Foi há quarenta anos que Eusébio
vestiu pela última vez a camisola da seleção portuguesa. Um empate
a duas bolas com a Bulgária, em que o mais emblemático marcador da
equipa das quinas ficou em branco. Ponto final inglório para uma
carreira extraordinária.
Desde que representou pela primeira
vez Portugal, em 1961, o jogador moçambicano teve a sua prestação
mais fenómenal no Campeonato do Mundo de Inglaterra, em 1966. Foi o
maior goleador da prova. Saiu derrotado nas meias finais pela equipa
da casa, um jogo marcado por contestações à organização do
torneio.
Deste cedo Eusébio mostrou um
ligação muito forte ao futebol , entrando numa pequena equipa de bairro criada para
as crianças se divertirem e passarem o tempo com uma ocupação útil . Mais
tarde procurou inscrever-se no clube federado “ O Desportivo “ mas não foi aceite.
A fome de bola e a vontade de jogar falaram mais alto e dirigiu-se ao Sporting de Lourenço
Marques, tendo sido aceite e jogando de leão ao peito ate ir para Portugal. Em 1960
veio para o Sport Lisboa e Benfica e ajudou a equipa a conquistar a sua
segunda Taça dos Campeões europeus consecutiva.
Eusébio foi uma vez campeão
europeu , três vezes finalista europeu , ganhou onze campeonatos nacionais e cinco taças
de Portugal. Eusébio , Pantera Negra, o King foi um dos melhores
jogadores de futebol que o mundo já viu. Marcou 1137 golos ao longo
da sua carreira mas, naqueles anos em Moçambique, teve que lutar
para conseguir entrar num clube.
Bruno Martins
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