Já se passaram cerca de 34 anos, desde que Maria do
Livramento Levy abriu o Restaurante S. Cristóvão, no bairro de Alfama, em
Lisboa. “Não foi fome, não foi guerra…
foi o espirito aventureiro de qualquer ilhéu” que a trouxe para Portugal,
como afirma a mesma.
Um
restaurante tipicamente Cabo-verdiano, com cardápio definido pela proprietária,
conhecida por todos como D. Mento, onde se consegue jantar por menos de 10
euros. Há Cachupa rica, galinha cabo-verdiana, bacalhau, doce de cocô e, para
depois da refeição, a conhecida aguardente africana: Grogue.
Maria
Levy, uma cabo-verdiana de Santiago, tem um dos restaurantes típicos mais
conhecidos, fazendo parte de vários roteiros nacionais e internacionais. “Pela comida, pelo afeto, pela maneira como
se sente. Estamos num sítio, somos bem recebidos… ninguém nos importuna,
ninguém nos chateia…a comida cai bem e o nosso bolso chega lá, vamos passando e
trazendo gente”, para a própria, este é o segredo do sucesso do seu
restaurante.
O ambiente é familiar, as paredes guardam memórias de gente
que passou e escreveu o seu agrado num pedaço de papel, como uma forma de
agradecimento pela hospitalidade com que foi recebido.
Com
coração Lisboeta, D Mento, à noite, trás as guitarras e puxa pela voz, para
cantar as suas mornas e fados favoritos. A mulher olha para a crise, que a área
apresenta, de uma forma diferente: “O
negócio diminuiu muito…mas para mim, tem de melhorar a toda a hora… eu não
entro em pessimismos, isso dá febre!”
Este
restaurante, que mistura a tradição portuguesa com raízes africanas, está
aberto até à meia-noite, serve almoços, jantares e alguns petiscos durante a
tarde, aceita também encomendas para fora.
Pedro Emídio, Aline Araújo
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