terça-feira, 12 de março de 2013

O discurso duplo do rosto da austeridade

Com as conclusões da sétima avaliação da troika a Portugal por divulgar, é hora de conhecermos o africano que encabeça a representação do Fundo Monetário Internacional, Abebe Selassié. O economista etíope é atualmente diretor adjunto do departamento africano do FMI, cargo a que juntou o de chefe da missão desta instituição em Portugal (liderada anteriormente por Poul Thomsen). Forma, juntamente com Rasmus Ruffer (Banco Central Europeu) e Jurgen Croger (Comissão Europeia), a “Troika”, que acompanha a execução, por parte de Portugal, do programa de ajustamento económico e financeiro, resultante do pedido de ajuda externa.

De Vítor Gaspar, o seu principal interlocutor no governo português, diz ser “um ministro muito impressionante”. Selassie é o rosto que trouxe a austeridade de fora, mas também considera que “os portugueses fizeram sacrifícios tremendos, com o aumento do desemprego”.

Para além de reconhecer as dificuldades que o país enfrenta, o chefe de missão do
FMI, afirma que “ depois de tudo o que já foi feito não é tempo de complacência”
e “completar o trabalho é importante”.

Defende a importância de Portugal continuar com as reformas que estão em
curso, salienta que apesar destas serem dolorosas, particularizando o desemprego,
“não foram em vão”. Este subscreve também a importância de um consenso social
no nosso país.

Antes de desempenhar estas funções, trabalhou em vários países cujas
economias eram consideradas “emergentes”, tais como: Roménia, Tailândia, Turquia
e Polónia.

Abebe Selassie é um Economista formado pela London School of Economics,
que chegou a integrar o Governo do seu país.


Pedro Emidio

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