Passam trinta anos sobre a primeira publicação de Mia Couto.
A Raiz de Orvalho, livro de poesia
publicado em 1983, revela a estreita ligação que o escritor tem com África.
É um dos escritores mais conceituados em Moçambique e com
mais obras traduzidas.
Desde a publicação de Raiz
de Orvalho, muitas têm sido as obras publicadas, entre poesia, crónicas,
contos e romances, muitos são os prémios que já recebeu. Entre estes prémios
destacam-se o Prémio Nacional de Ficção da Associação dos Escritores
Moçambicanos e o Prémio Literário Mário António atribuído pela Fundação
Calouste Gulbenkian.
Uma das suas obras, O
Último Voo do Flamingo, foi levada para o cinema. A história decorre em
Tizangara (Moçambique) após o final da Guerra Civil, uma investigação sobre
explosões misteriosas na pequena vila são o ponto de partida desta história. De
salientar que foi esta a obra premiada pela Fundação Calouste Gulbenkian (acima
referido).
A sua escrita apela o lado mais “natural” das coisas,
explorando a ligação humana à terra, à natureza. As suas obras têm levado a
língua portuguesa além fronteiras, enaltecendo sempre a sua estreita ligação
com as tradições e cultura africanas. Mia Couto rejeita a ideia que a lusofonia
seja um sentido singular, considera que existem várias lusofonias.
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