segunda-feira, 11 de março de 2013

Um Papa negro seria uma revolução, mas não de mentalidades


O Conclave começa a reunir amanhã para escolher um novo Papa e o nome de que toda a gente fala é Peter Turkson, o cardeal ganês que preside ao Conselho Pontifício para a Justiça e a Paz. A ser eleito, um Papa africano seria uma revolução para a Igreja católica. Mas isso não significa que ele fosse um reformador.

Turkson ficou conhecido pelas suas posições sobre a desumanidade do sistema financeiro e bancário. Mas as suas perspetivas sobre os assuntos fraturantes do Vaticano são bastante conservadoras.

O cardeal ganês já se pronunciou contra o aborto e a ordenação de mulheres, defende o celibato dos padres e condena as relações sexuais fora do casamento. As suas posições mais polémicas são, no entanto, sobre SIDA e homossexualidade. Turkson afirmou ainda que a solução para o HIV é a abstinência sexual e que os estilos de vida «alternativos» não têm lugar na Igreja. Apesar de condenar alguns excessos» no que toca à falta de tolerância de alguns países sobre os homossexuais, afirma que é igualmente importante mostrar respeito pela cultura africana.

Dora Pereira

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