O FMI
espera que a economia da Guiné-Bissau recupere este ano, depois de uma queda no
ano passado, graças à retoma da produção e exportação do caju.
A
actividade económica foi afectada, adversamente, pela queda acentuada nos volumes
de exportação e preço da castanha de caju, e pela diminuição da assistência dos
doadores na sequência do golpe de Estado de Abril, do ano passado.
O sector primário continua a ser preponderante na estrutura
económica da Guiné-Bissau, tendo representado em 2011 cerca de 48% do produto.
Para além do cultivo de produtos de subsistência, como algodão, arroz, inhame, banana, manga e cana-de-açúcar, na agricultura destaca-se a
produção da castanha de caju, que tradicionalmente representa mais de 80% das
exportações, mas que no ano de 2012 teve um contributo ainda mais destacado. Esta actividade económica ocupa 12% da superfície territorial da
Guiné.
Este é o quinto produtor mundial atrás da Índia, Costa
do Marfim, Vietname e Brasil, mas em termos de qualidade diz-se que possui a
melhor castanha e amêndoa do mundo.
No que diz respeito ao emprego dos
jovens, não existe um dispositivo apropriado para o registo dos desempregados,
pelo que as estatísticas existentes não são fiáveis. No entanto, com base nos
dados disponíveis, a taxa de desemprego entre os menores de 30 anos andará em
torno dos 30%. Vários factores concorreram para acentuar este fenómeno,
nomeadamente: a instabilidade política, a fragilidade económica e a não criação
de emprego no sector público, na agricultura e nos serviços. O Governo está a
trabalhar, com o apoio de vários doadores, para reduzir a dimensão deste
flagelo através da implementação de políticas adequadas. O Fundo Mundial para a
criação de emprego nos Estados frágeis em conflito está numa fase embrionária.
As experiências de reinserção social de ex-combatentes na Guiné-Bissau e
noutros cinco Estados em situação de pós-conflito, servirão de base à sua
criação.
Um dos
países mais pobres do mundo, a economia legal deste depende
principalmente da agricultura e da pesca, mas o narcotráfico é
provavelmente, o comércio mais lucrativo. A combinação de perspectivas
económicas limitadas, um governo fraco e diversas facções e geografia favorável,
fizeram deste país do Oeste Africano uma estação de passagem para drogas com
destino a Europa.
O país é actualmente governado por
autoridades de transição, sem o reconhecimento da generalidade da comunidade
internacional, à excepção da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental
(CEDEAO).
Sem comentários:
Enviar um comentário