segunda-feira, 15 de abril de 2013

Timor-Leste- O crescimento e as desigualdades do país independente


Apesar de ser tido como um dos países mais pobres, Timor Leste apresenta-se como um dos países com maior crescimento económico em 2013, sendo o único da sub-região do pacífico com um crescimento de dois dígitos, tal como apresentam as estimativas do Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB). Segundo este, o crescimento do país será, cerca de, 10% em 2013, bem como em 2014.
Crescimento este, impulsionado pelo aumento dos preços do petróleo, pelo investimento público e pelas receitas derivadas da extração de recursos.
Com 25.6% de Produto Interno Bruto (PIB), o setor da agricultura ocupa um lugar de relevo neste país. Há uns anos esta atividade era, sobretudo, destinado à subsistência da população, no entanto sofreu uma conversão tendo em vista a sua exportação, passando para colheitas de renda. Esta opção não conseguiu alcançar os seus fins, devido aos baixos preços do mercado internacional, nas culturas escolhidas para exportação, como é o caso do café.
Devido a estas políticas, Timor começou, já há oito anos, com uma ausência crónica de alimentos. As desigualdades sociais são uma das grandes lacunas destas regiões, tendo em conta que 33% da população sofre das mesmas, tendo-se já verificado vários casos de morte por inanição. 
Apesar de tudo, este conseguiu subir cinco posições, desde 2007, no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU, resultando esta pontuação de uma ponderação de estatísticas económicas e sociais, incluindo Saúde, Educação e a Esperança média de vida.
Para além disto, este país encontra-se “abrigado” da crise económica mundial, ficando este facto a dever-se à pouca integração que este tem no mercado mundial, à exceção do setor energético.
A extração do “ouro-negro” tem um grande peso na economia do país, tendo este uma receita na ordem dos 100 milhões de dólares mensais, provenientes da venda do mesmo.
Segundo o Banco Mundial, entre os desafios que o país terá de continuar a enfrentar, contam-se: “garantir a qualidade da despesa pública, estimular a produtividade do setor privado e a diversificação da economia”

Pedro Emídio


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