Todas as nacionalidades que dominem a nossa língua, influenciam a sua dinâmica. A sua
evolução! Não se trata de uma degeneração da língua portuguesa. Trata-se de uma
homenagem à mesma. Ribeiro e Castro, seria favorável a uma revisão do AO. Uma
revisão que fosse mais flexível na consideração de um maior número de escritas
duplas da mesma palavra. Como tal, a sua principal preocupação nessa revisão,
não seria uniformizar a grafia, dado que esta não é total, são centenas as
palavras que lhes consente grafias múltiplas, logo, seria um pouco mais aberto
quanto à possibilidade de grafias múltiplas, de maneira a que toda a gente se
sentisse confortável com o AO. Ribeiro e Castro, assume-se resistente ao AO: “Eu não escrevo de acordo com o acordo, eu
escrevo em desacordo com o acordo. E escrevo como aprendi e aborrece-me estar
num computador que me diz que estou a escrever errado quando eu estou a
escrever certo”.
Lamenta que se esteja a sacrificar uma geração
que está a aprender um Português, obrigatoriamente, que pode não durar. Uma
língua é um processo construtivo e difícil: escrevê-la e falá-la bem! Existem
regras, mas estas têm exceções, formas irregulares... Este AO não veio
facilitar essa aprendizagem. Se nós destruirmos por completo a raiz das
palavras, duma forma geral, tornamos mais difícil a sua aprendizagem. Qualquer
pessoa, para compreender o porquê destas mudanças, não pode apenas fixar que é
assim, mas tem de perceber o porquê de ser assim: “ é muito difícil explicar a uma criança ou jovem, porque é que
‘egípcio’ se escreve com p, quando a palavra de que deriva, que é ‘egito’ se
escreve sem p”. Este AO veio simplificar e unificar a escrita e a fala do
português, mas, por outro lado, trouxe más explicações, relativamente ao seu
surgimento. Irá haver sempre a tendência da resposta “é assim, porque sim”. Segundo
Ribeiro e Castro, esta decisão aprovada de um novo AO, deixa muito a desejar.
Fica o desejo e o apelo dos cidadãos para uma possível revisão deste AO: “Eu compreendo que a professores bons e
muito experientes, com 20 ou 30 anos de ensino de português, é seguramente,
para a maioria deles, muito difícil e para muitos deles uma violência ensinar o
novo português de acordo com o AO. Não tenho dúvida nenhuma disso. E não tenho
dúvida que para eles é ensinar a escrever português duma forma errada, e por
isso, acho que se deve defender o acordo, que ataca-lo o é errado em termos de
política da língua, mas deve-se lutar para uma revisão do acordo, que o torne
mais compreensível, mais plástico e que proteja a nossa forma de escrever de
acordo com a origem latina que é tão importante para nós”.
Cláudia Évora e Sofia Conde
Cláudia Évora e Sofia Conde
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