sexta-feira, 12 de abril de 2013

Guiné - 1 ano após o golpe de Estado - Revista da semana


Um ano após o golpe de Estado, a Guiné regrediu em todos os indicadores do país, dizem os analistas à agência Lusa. “É sempre mau uma rotura, embora por vezes, seja vista como a última saída". No caso da Guiné, o País não voltou a encontrar o caminho. “Não deixou de haver mortes depois do golpe e continuamos com restrições à liberdade, como a de informação, de expressão, de manifestação e até mesmo de circulação”, acusa Fodé Mané, director da Faculdade de Direito de Bissau.
O País continua, como diz Aly Silva, jornalista guineense, "mergulhado na anarquia". A cidade está "assustada e triste" diz, referindo-se aos cidadãos Guineenses.
Aqui ficam as principais noticias que ocorreram esta semana no País.

Ex-PM da Guiné Bissau sai da corrida à liderança do PAIGC
 Carlos Gomes Júnior, ex-Primeiro Ministro da Guiné, afirmou segunda-feira, que retirou a sua candidatura à liderança do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde mas assume-se sempre, como um candidato natural às próximas presidenciais.
 O ex-primeiro ministro diz que a sua decisão foi ponderada nos superiores interesses do partido e, principalmente, para demonstrar que não quer ser um obstáculo ao partido e ao desenvolvimento da Guiné Bissau. Era o candidato favorito na segunda volta das eleições e afirma-se disponível para prestar “todo o apoio necessário à futura direção” e para “seguir as orientações” do PAIGC.


José Ramos Horta- “Estado guineense tende a desaparecer”
 O representante do secretário-geral da ONU defende que a Guiné Bissau “enfrenta uma ameaça existencial”, e apoia que as elites políticas e militares deviam aproveitar o primeiro aniversário do golpe de Estado, para fazerem um exame de consciência. 
 “A verdade é que se aprofunda a crise social e económica e o isolamento internacional da Guiné Bissau”, disse. Assim, o governo tem que tomar medidas, pois em contrapartida, é difícil sobreviver aos desafios nacionais, como a extrema pobreza, e também aos internacionais,


A detenção de Bubo Na Tchuto
 Para o Presidente do Conselho Nacional da Juventude, Dito Max, a detenção do contra-almirante Bubo Na Tchuto (a semana passada), por narcotráfico, é lamentável: "...muito grave e preocupante". Dito Max, diz ser "incompreensível o nível de envolvimento" da Guiné-Bissau no narcotráfico.
 Para o Presidente do CNJGB, se os que estão envolvidos no tráfico de droga se mantiverem, "ninguém quererá investir na Guiné."
 A situação na Guiné–Bissau vai ser analisada pelo representante especial do secretário-geral da ONU com as autoridades de Cabo Verde. José Ramos-Horta estará na cidade da Praia, Cabo-Verde, até ao final da semana, para, juntamente com as autoridades de Cabo-Verde analisarem a situação na Guiné-Bissau.

 Presidente envolvido no tráfico?
Em declarações à imprensa, o Procurador-Geral da República guineense desmente qualquer envolvimento do Presidente de Transição, Serifo Nhamandjo e do Primeiro-ministro Rui de Barros, no tráfico de droga e de armas. A seu ver, as alegações não passam de uma “campanha negra” feita pela "má vizinhança".
 Mas os documentos judiciais, na posse da agência Reuteurs, comprovam o contrário: o presidente pode ter cooperado no tráfico. A Presidência diz que não voltará a falar do assunto, sejam quais forem "as provocações e as atoardas que os adversários venham a intentar".

Líder do Partido Social-Democrata marca prazo máximo para eleições no país
O líder do PSD propôs, quinta-feira, o primeiro trimestre de 2014 como prazo máximo para a realização de eleições gerais no país. António Baldé, diz que não podem mais esconder-se atrás da democracia e não querer realizar eleições. Diz que para trabalharem, viverem e funcionarem bem, criando as condições mínimas, têm de ter um relacionamento com a comunidade internacional.“Eu penso que, no mais tardar, até fevereiro, março do próximo ano, nós temos que fazer as eleições”, frisou.

Rita Afonso


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