Mais um ano. Mais um 25 de Abril. Neste ano de 2013, os
Portugueses saíram à rua em modo nostálgico. É graças a alguém, que hoje
vivemos a Liberdade! O seu nome foi gritado. O seu percurso e das forças
armadas foi refeito. Cada cidadão, cada cravo. Símbolo da Revolução, que nos
trouxe a Liberdade até aos dias de hoje. Homem que agiu em nome de toda a
nação. Inteligência e coragem. Conceitos que o caracterizam na perfeição.
Fernando José Salgueiro Maia, nasce a 1 de Julho de 1944, em Castelo de Vide. Recordado como corajoso,
activo e destemido, este jovem Alentejano era filho de um trabalhador nos
caminhos-de-ferro, Francisco da Luz Maia, e de Francisca Silvéria Salgueiro.
Inicia os seus estudos na Escola Primária de São Torcato, em Coruche. Mais
tarde, conclui o ensino secundário no Liceu Nacional de Leiria, que actualmente
é conhecido por Escola Secundária de Francisco Rodrigues Lobo. É aos vinte anos
que decide ingressar na Academia Militar de Lisboa. Meses seguintes, torna-se
Comandante de instrução, em Santarém e acaba por integrar uma companhia de
comandos no decorrer da Guerra Colonial. Chegado o ano de 1973, enquanto
Delegado de Cavalaria, integra a Comissão Coordenadora do Movimento das Forças
Armadas. Este movimento faria realçar-se brevemente e da melhor forma. Chega o
tão aguardado momento por todos os Portugueses. No dia 25 de Abril de 1974,
Salgueiro Maia comanda as forças revolucionárias, desde Santarém a Lisboa, que
cercaram os ministérios do Terreiro do Paço, com o objectivo de forçar a
rendição de Marcelo Caetano. Este acaba por ceder o seu cargo a António de
Spínola. No ano seguinte, a 25 de Novembro, Maia é transferido para os Açores,
voltando a Santarém apenas em 1979, onde comanda o Presídio Militar. Como
qualquer militar, a ambição de subir de posto é está sempre presente. Mais não
foge à regra. Em 1981, é promovido a Major, e, logo pouco tempo depois,
Tenente-Major. Os reconhecimentos a este Homem, começam a tomar um forte rumo.
Dois anos depois, recebe uma distinção da Grã-Cruz da Ordem da Liberdade. A
saúde do militar começa a dar sinais menos positivos. A 1989, é-lhe
diagnosticado um cancro, que acaba por provocar a sua morte. Luta contra a
doença, mas nem sempre tudo depende de nós mesmos. Acaba por falecer a 4 de
Abril de 1992, aos 47 anos de idade, no Hospital Militar de Belém, na nossa
cidade alfacinha. Mesmo depois da sua morte, dois meses depois, é galardoado
com o título de Grande-Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor,
Lealdade e Mérito. Recentemente, em 2007, ganha a medalha de ouro de Santarém.
"Quem quiser, que venha comigo!" A
frase mais mediática de Salgueiro Maia. É considerado o maior e melhor exemplo
de coragem da Revolução dos Cravos. Homem destemido, inteligente. Deu a Portugal,
aquilo que há muito se desejara. Irá sempre ser recordado como o “Capitão sem medo”!
Cláudia Évora e Sofia Conde
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