sexta-feira, 12 de abril de 2013

José Ramos-Horta: “Não há razões para não haver eleições este ano.”

José Ramos-Horta, representante do secretário-geral da ONU (Nações Unidas), assegurou que estavam reunidas as condições políticas necessárias para se efetuar as eleições gerais do país ainda este ano.
«Há condições políticas. O ambiente é de tranquilidade no país e todos os parceiros da Guiné-Bissau estão disponíveis para financiar[as eleições]. Mas falta que a Assembleia e o presidente interino nomeiem a comissão eleitoral e marquem a data», disse José Ramos-Horta aos jornalistas, depois de ser recebido em audiências separadas pelo presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, e pelo primeiro-ministro, José Maria Neves, a pretexto de uma visita à Cidade da Praia. Só depois de marcadas as eleições será feito o recenseamento eleitoral e a campanha de educação cívica, que pode ser liderada pela ONU. «Mas isso são coisas em que os guineenses e a comunidade internacional têm grande experiência, pelo que não há razões para que não haja eleições este ano», assegurou. «As eleições, por si só, não resolvem nenhum problema e todos sabem disso. O que é importante é criar condições para que haja estabilidade política no país e, para tal, é necessário definir o Roteiro da Transição, calendarizando o processo eleitoral», destacou. O ex-presidente de Timor-Leste desvalorizou, também, as declarações do procurador-geral da República guineense, Abdu Mané, que disse que o país tem «má vizinhança» de um país lusófono, referindo-se a Cabo Verde. «Eu venho de um país pequeno e uma coisa que aprendi na vida é que, quando somos pequenos e frágeis, devemos procurar não granjear mais inimigos. Pelo contrário, devemos alargar o leque dos nossos amigos», alertou.


João Ribeiro

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