terça-feira, 9 de abril de 2013

Temos direito a escolher a forma como morremos?

“Maria, 67 anos, morreu com a ajuda da Dignitas, na Suíça. Foi a primeira portuguesa a recorrer a esta associação de apoio ao suicídio assistido. Tinha um cancro em fase terminal, um prognóstico de menos de 12 meses de vida e passava por um grande sofrimento. Preferiu procurar uma morte digna, em vez de esperar e «desaparecer aos bocados». Dois amigos, próximos da família, acompanharam-na nesta derradeira viagem e testemunharam os seus últimos momentos. Este livro relata a história de Maria através destas duas pessoas – o que os levou a acompanhar a amiga, apesar de nunca terem ouvido falar de suicídio assistido, e o que sentem por terem de guardar esse segredo como se tivessem cometido um crime.”-Lucília Galha em Morte Assistida

A eutanásia e o suicídio assistido não são permitidos em Portugal. O assunto é polémico, mas para alguns doentes terminais não levanta dúvidas. Alguns doentes não têm perspetiva de recuperação, restando-lhes apenas um tratamento paliativo, e todos gostariam que a morte assistida fosse legislada e despenalizada em Portugal. No nosso país, a ajuda ao suicídio é penalizado com pena de prisão até três anos.
A Suíça é o único país do mundo onde existem associações que legalmente prestam assistência a doentes que, não desejando prolongar uma dolorosa agonia, pretendem pôr fim às suas vidas.
A EXIT - ADMD, Association pour le Droit de Mourir dans la Dignité, funciona na Suíça desde 1982 e conta com mais de 65.000 associados que pagam uma quota anual de 20 euros. Há mais de vinte anos que equipas de voluntários acompanham doentes crónicos e portadores de deficiências graves em direção a uma saída que consideram mais digna.

Deixo aqui o melhor documentário de todos os tempos sobre o tema, aconselho todos a ver e refletir. Até que ponto temos o direito de escolher o nosso destino?



Catarina Pena

    

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