terça-feira, 2 de abril de 2013

Brasil melhora na educação mas números continuam a ser insuficientes


Apesar dos grandes progressos nas últimas décadas o Brasil ainda tem pouco mais de 3 milhões de crianças na faixa etária que vai dos 4 aos 17 anos fora da escola.
“O problema do Brasil hoje está justamente na saída da Educação Básica – e não na entrada, onde o acesso está sendo garantido. Ações feitas nos primeiros anos do Ensino Fundamental, juntamente à inclusão do Ensino Médio no Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e no Bolsa Família podem, a longo prazo, melhorar esse cenário”, afirma Klein. “No entanto, é preciso resolver o problema da falta de motivação – e, consequentemente, de baixa aprendizagem – no segundo ciclo do Fundamental. Os jovens saem com um preparo ruim para o Médio e muitos acabam nem entrando na etapa seguinte.” Diz Ruben Klein, consultor da Fundação Cesgranrio e membro da Comissão Técnica do Todos Pela Educação. Em agosto do ano passado, um estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em parceria com a Campanha Nacional pelo Direito à Educação traçou os perfis das crianças e jovens que não estudam no país. Pessoas com deficiência, baixa renda, indígenas, repetentes, moradores na zona rural e envolvidos com trabalho infantil são os que mais abandonam os estudos.
Os 575 mil alunos fora da escola em São Paulo representam 6,6% do total da faixa etária. Em segundo lugar em números absolutos vem Minas Gerais, que precisa matricular 367 mil alunos, ou seja, 8,3% da população do Estado em idade escolar. Em termos percentuais, o destaque negativo fica por conta de quatro estados da região Norte: Acre (11,1%), Amapá, (11,3%) Amazonas (11,3%) e Rondônia (13,7%).
A educação infantil passará a ser obrigatória a partir de 2016 e será o desafio dos próximos gestores municipais.

Catarina Pena

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