Apesar dos
grandes progressos nas últimas décadas o Brasil ainda tem pouco mais de 3
milhões de crianças na faixa etária que vai dos 4 aos 17 anos fora da escola.
“O problema do Brasil hoje está
justamente na saída da Educação Básica – e não na entrada, onde o acesso está
sendo garantido. Ações feitas nos primeiros anos do Ensino Fundamental,
juntamente à inclusão do Ensino Médio no Fundeb (Fundo
de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação) e no Bolsa Família podem, a longo prazo,
melhorar esse cenário”, afirma Klein. “No entanto, é preciso resolver o
problema da falta de motivação – e, consequentemente, de baixa aprendizagem –
no segundo ciclo do Fundamental. Os jovens saem com um preparo ruim para o
Médio e muitos acabam nem entrando na etapa seguinte.” Diz Ruben Klein,
consultor da Fundação Cesgranrio e membro da Comissão Técnica do Todos Pela
Educação. Em agosto do ano passado, um estudo do Fundo das Nações Unidas para a
Infância (Unicef) em parceria com a Campanha Nacional pelo Direito à Educação
traçou os perfis das crianças e jovens que não estudam no país. Pessoas com
deficiência, baixa renda, indígenas, repetentes, moradores na zona rural e
envolvidos com trabalho infantil são os que mais abandonam os estudos.
Os 575
mil alunos fora da escola em São Paulo representam 6,6% do total da faixa
etária. Em segundo lugar em números absolutos vem Minas Gerais, que precisa
matricular 367 mil alunos, ou seja, 8,3% da população do Estado em idade
escolar. Em termos percentuais, o destaque negativo fica por conta de quatro
estados da região Norte: Acre (11,1%), Amapá, (11,3%) Amazonas (11,3%) e
Rondônia (13,7%).
A educação infantil passará
a ser obrigatória a partir de 2016 e será o desafio dos próximos gestores
municipais.
Catarina Pena
Sem comentários:
Enviar um comentário