terça-feira, 2 de abril de 2013

Foco em: Angola

Desempenho dos consulados em causa

O Ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, manifestou ontem , em Luanda, a sua preocupação em relação ao desempenho de alguns consulados e dos seus agentes no exterior, em função das reclamações diárias que acusam um serviço deficiente prestado à comunidade angolana na diáspora.

O Ministro falou na abertura da reunião anual dos cônsules, que decorre até hoje nas instalações do Ministério das Relações Exteriores (MIREX), em Luanda, com o objetivo de avaliar o desempenho dos consulados referentes aos últimos 12 meses e analisar as causas e constrangimentos verificados durante este período:
 “Estamos muito preocupados com o desempenho de alguns consulados e seus agentes, pois quase diariamente recebemos reclamações de maus serviços que oferecem à comunidade angolana e outras pessoas”, revelou o ministro.
Face a esta situação, Georges Chikoti disse ter consciência da limitação dos meios humanos e financeiros colocados à disposição dos cônsules, mas que os mesmos permitem o bom desempenho das suas tarefas.
“Peço que compreendam. São estes meios possíveis no âmbito da contenção de despesas que o país necessita fazer nesta fase da sua história”, disse, acrescentando que é preciso lembrar que os consulados são a extensão da Administração Pública angolana no exterior. O Ministro lembrou,ainda, que os consulados têm obrigações para com as comunidades angolanas no domínio de registo e notariados, migração e emissão de passaportes.
O chefe da diplomacia angolana disse que para o Executivo, a política externa deve continuar a prosseguir o interesse nacional, definido como um conjunto de interesses políticos, sociais, económicos e estratégicos de Angola no plano externo, onde os angolanos podem exercer também um papel preponderante. Para tal, é necessário que se altere radicalmente o modo de atuação dos consulados, aproximando-se cada vez mais das comunidades, não só para assegurar a defesa dos seus interesses, mas também para garantir um melhor controlo das mesmas.

Tânia Costa

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