Moçambique, com o Produto Interno Bruto
actualmente em 7,5%, tem vindo a desenvolver-se. A actividade industrial entrou
num processo de crescimento e parece não querer estagnar. No último ano, a
indústria extractiva foi a que mais sentiu esse crescimento, em detrimento da
produção agrária, que teve um fraco crescimento devido a diversos tipos de
pragas na palma de óleo e na castanha de caju. Com isto torna-se cada vez mais
evidente que o país africano tem vindo a conquistar o seu lugar na economia e que
tão cedo não o quer deixar.
Mas se hoje Moçambique está no bom caminho, é
porque então conseguiu vencer a luta que travou com a crise em tempos
anteriores. Após a independência
conquistada em 1975, a economia moçambicana entrou em retrocesso, a qual foi
sempre piorando com o aparecimento da guerra civil. Mais tarde, entre 1982 e
1985, o país africano teve um PIB negativo, de cerca de -5,9%. Com estes
resultados, é necessária uma mudança: o governo de Moçambique decide mudar as
suas políticas, para ver se a situação económica ganha outro rumo. Assim sendo,
em 1984, é confirmada a adesão ao Fundo Monetário Internacional (FMI), ao Banco
Mundial e à Convenção de Lomé. No ano seguinte, a cultura obrigatória do
algodão é novamente imposta, sendo que, dois anos depois, em 1987, é criado o
Programa de Reabilitação Económica, apoiado pelo Banco Mundial e FMI.
Ainda no mesmo ano, consegue-se recuperar a
esperança perdida e a pobreza começa a diminuir, o PIB sobe para 4,6% e a
economia moçambicana começa a recuperar as forças. A produção agrícola e
industrial iniciam o seu processo de crescimento, contrariando os tempos
infrutíferos do passado.
Hoje, o país africano é um país em constante
desenvolvimento, sendo um dos marcos mais importantes o crescimento e o
desenvolvimento de estradas. A construção da Ponte Armando Emílio Guabuza, em
homenagem ao presidente moçambicano, foi talvez o ponto mais alto desse
desenvolvimento. Mas, apesar do renascimento, Moçambique ainda possui uma
indústria pouco desenvolvida, mas nada que a exportação de tabaco e bebidas, ou
até mesmo os recursos naturais de que o país é proprietário consigam recuperar.
Rute Fidalgo
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